terça-feira, 29 de novembro de 2011

Plantando na Cidade é barato e fácil

"Nas escolas, as hortas são aulas práticas de educação ambiental, de entendimento dos ciclos da natureza e dos alimentos. "Além disso, ensinam as crianças a gostar de hortaliças . Quando a criança planta sua horta, ela quer comer verdura".
E a poluição atmosférica, garante ele, não faz das hortaliças menos saudáveis. "A verdura que vem para a cidade com agrotóxico, essa sim é prejudicial", diz.
Na laje da Faculdade Cantareira, onde Victorino desenvolve o piloto das hortas urbanas, o sol bate impiedoso no inverno paulistano em plena era de aquecimento global. "Antes ninguém conseguia ficar aqui em cima muito tempo. Agora, boa parte do calor é absorvida pelos canteiros".
Feitos sobre telhas de fibrocimento, suspensos por blocos de concreto, já atraem cerca de 300 insetos, em um equilíbrio entre pragas e predadores, registrou o agrônomo.
A adubação é orgânica e o fato de não haver contato com o solo contribui para o controle de pragas sem pesticidas. Victorino tem usado terra de baixa qualidade para mostrar que o cultivo é viável mesmo para quem não tem acesso a um solo mais rico.
E para quem também não tem tempo de irrigar a horta durante o dia, Victorino inventou um sistema automático e barato, composto por uma mangueira, um relê de máquina de lavar roupa de R$ 8 e um timer de R$ 25."


Mini maquete


Mini maquete feita para exemplificar como seria a perpectiva de uma comunidade com algumas residências utilizando telhado verde.

Utilizando garrafas PET

Garrafas PET como alternativa para fazer um telhado verde:


"As colunas de garrafas do tipo “PET” foram confeccionadas furando o fundo das garrafas de maneira que o tubo de irrigação seja introduzido em cada uma das 8 garrafas, formando uma coluna sustentada pelo tubo onde nas extremidade superior fixado 64 Conexao UEPG -por uma conexão em forma de “t” e na outra simplesmente dobrado e amarrado para a vedação e apoio das garrafas que são preenchidas com uma mistura de terra, areia e substrato comercial para mudas na proporção de 3:2:1 com peso aproximado de 20kg cada coluna.


As garrafas foram cheias na medida em que todo o conjunto de colunas era erguido sobre o telhado de fibro-cimento e neste momento foi realizado o plantio das mudas ornamentais. todo o conjunto de colunas e irrigação foi preso em um perfil metálico e amarrado a uma corda para ser erguido e facilitar sua
colocação sobre o telhado.

O grande objeto de diferenciação deste sistema não é o cultivo vertical em si e sim a simplicidade da
automação dos sistemas de irrigação.

Este é um sistema mais simplificado, pois o seu mecanismo de acionamento da irrigação consiste apenas
na ação da gravidade e da capilaridade proporcionada pela fita de cetim em contato com o substrato. O sistema de acionamento da irrigação é feito com base mecânica, onde a abertura e fechamento de um registro é baseado em sistema “Monjolo” (estrutura tipo gangorra onde seu movimento acontece em função da variação entre os pesos nas extremidades).

Outro componente do sistema de irrigação foi o “acionador simplificado para irrigação”: Este sistema de automação desenvolvido pelo Prof. dr. Leonardo de o. Médici (uFruralrJ/IB) foi idealizado para acionar a irrigação em função da necessidade hídrica da cultura, que  durante o processo de evapotranspiração o solo perde umidade, havendo uma tendência de movimento da água que gera uma pressão negativa, a qual se transmite por um tubo contendo água conectado a um pressostato que acionará eletricamente uma válvula solenóide do sistema de irrigação, seu baixo custo e facilidade de aquisição foram fundamentais para a proposta deste projeto"

Texto retirado do PDF TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO VEGETAL EM TELHADOS VERDES EM ÁREAS DE INTERESSE SOCIAL

Telhados verdes em favelas



As cidades grandes em sua maioria, possuem comunidades mais pobres ao redor, que são conhecidas mundialmente como favelas. No Rio de Janeiro existem cerca de 968 favelas, o que ocupa aproximadamente 3,7% de todo o seu território.

Nosso projeto procura trazer o conceito de telhado e horta verde para essas comunidades. Uma característica das residências nas favelas, é o aparecimento de lajes de concreto (telhados), com extrema absorção de calor e chuva. 

Um dos principais problemas dessas construções, é o desmatamento inapropriedado das encostas trazendo consequências como elevação da temperatura do ar e aumento da taxa de gás carbônico. Os habitantes sem perceber, também aumentam seus problemas. Como a laje absorve muito calor, a temperatura ambiente interna fica aprox. 3ºC elevada.

Se colocarmos hortas em cima dessas lajes, o consumo de energia para resfriar as residências (ar-condicionado, ventiladores, etc..) irá diminuir, assim como a temperatura do ar e o nível de gás carbônico.

Outro fator extremamente importante das hortas, é a recuperação da imagem da encosta, camuflando o topo das residências com a encosta mas mantendo a imagem das favelas, já que são fortes pontos turísticos.


Para as residências com lajes vivas, os benefícios são enormes. Entre eles:
  • Diminuição do calor interno da residência.
  • Cultivo de alimentos como Coentro, Tomate, Alface, Hortelã, etc.. (pequeno porte).
  • Fácil manutenção, precisando somente de irrigação e fertilização no início da plantação.
  • Lazer. Lugar agradável para a família, principalmente para as crianças.

O preço? Em uma rápida busca pela internet, encontram-se métodos e materiais com preços abusivos, como mantas impermeabilizantes e várias camadas de sustentação. Buscando mais a fundo, encontramos projetos de faculdades e de autônomos que mostram alternativas baratas e que os moradores podem fazer sozinhos. Como já citado no post anterior, o projeto de alunos da UFRRJ com garrafas PET e o projeto Plantando na Cidade, são ótimas alternativas extremamente viáveis.



Introdução


Telhados verdes (green roofs) são estruturas com vegetação, montadas em cima de prédios e casas, com intuito de reduzir  o calor emitido pelos telhados, melhorar a qualidade do ar,  integrar ao estrutura com a natureza e deter o escoamento da água, diminuindo o risco de enchentes.

Existem dois tipos de vegetação para telhado verdes, intensivas e extensivas. O primeiro é caracterizado por árvores de médio porte e  por camadas maiores que 20cm de solo, exigindo estruturas mais rígidas e complexas. O segundo, se caracteriza pelo solo baixo, menos de 20cm, e a pouca necessidade de manutenção, necessitando apenas de irrigação e fertilização na fase inicial da plantação. Este telhado é ideal para plantas de pequeno porte, como Cebolinha, Louro, Aspargo, Boldo, Coentro, Hortelã, etc.

Existem trabalhados e pesquisas realizados no Brasil que mostram que é possível conseguir estas hortas de forma barata e simples. Entre eles uma pesquisa realizada na UFRRJ de cultivo em garrafas PET e o projeto Plantando na Cidade (video abaixo), coordenado pelo técnico agrícola Marcos Vitorino, que implanta hortas no centro de São Paulo.